Na próxima segunda-feira (16), o Benfica começará sua jornada no Mundial de Clubes. Além dos rivais dentro de campo, o torcedor dos Encarnados acreditam que o clube precisa vencer uma maldição. O clube está há 63 anos sem vencer um título nacional e um treinador ex-São Paulo pode ter influência direta nisso. Confira a história da chamada "Maldição de Béla Guttmann".
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No início dos anos 60, o Benfica foi um dos grandes times do futebol mundial. Comandado pelo húngaro Béla Guttmann, o clube foi campeão da Champions League em 1961 e 1962, derrotando Barcelona e Real Madrid, respectivamente.
Béla Guttmann foi um treinador húngaro, que teve agens por futebol holandês, uruguaio, italiano e brasileiro antes de chegar ao Benfica. No Brasil, comandou o São Paulo e é um nome de extrema importância na história do Tricolor. Ele conquistou o Campeonato Paulista em 1957, título muito significativo à época, principalmente para Zizinho, jogador histórico do futebol brasileiro que já era tratado como veterano.
Béla Guttman chegou ao Benfica em 1959 e conquistou os maiores títulos da história do clube. Na final da Champions de 1962, com show de Eusébio, os Encarnados fizeram 5 x 3 no Real Madrid de Di Stefano e se consagrou como o principal clube do continente europeu na época.

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A maldição de Béla Guttmann
Depois do título de 1962, Béla Guttmann resolveu pedir um aumento salarial à diretoria do Benfica. Apesar do grande trabalho, a diretoria não quis aumentar o salário do treinador e arrastou a renovação de contrato de Béla Guttmann, que resolveu sair do clube ao fim da temporada. Antes de ir embora, o técnico teria lançado uma praga para o clube: — Sem mim, nem em cem anos o Benfica conquistará uma taça continental —
Inicialmente, as palavras do treinador não foram levadas em consideração dentro do clube, mas uma derrota no ano seguinte marcou o início de um jejum de títulos internacionais que dura até hoje. O Benfica chegou novamente à final da Champions em 1963, mas acabou perdendo para o Milan.
Em 1965 e 1968, o clube chegou novamente na final da Liga dos Campeões e perdeu as duas. Chegava ao fim a era mais forte da história do clube. Vale lembrar que o Benfica também foi vice-campeão mundial após a saída de Béla Guttmann, ainda em 1962. O Santos de Pelé venceu as duas partidas, com direito a um 5 x 2, dentro do Estádio da Luz, e foi campeão Mundial.
Em 1988, o Benfica voltou a disputar uma final de Champions, dessa vez contra o PSV, da Holanda. Com requintes de crueldade, o jogo terminou empatado em 0 x 0 e o clube português foi derrotado nos pênaltis.

Já em 1990, o Benfica foi novamente vice da Champions. Coincidentemente, a partida aconteceu em Viena, local onde Béla Guttmann, já falecido, estava enterrado. Assim que foi confirmada a classificação, Eusébio foi até à capital austríaca para pedir perdão, em nome do Benfica, à beira do túmulo do treinador. Entretanto, o pedido não surtiu efeito e os Encarnados foram derrotados em mais uma final, agora para o Milan.

O clube ainda chegou em outras três finais da Liga Europa, mas perdeu todas. Em 2013, contra o Chlesea, o título escapou das mãos do Benfica aos 47 minutos do segundo tempo, quando Ivanovic marcou e deu o título para os Blues.
A maldição de Béla Guttmann é algo que atormenta os torcedores do Benfica, que esperam quebrá-la na disputa do Mundial de Clubes da Fifa, mesmo que o clube não seja favorito ao título.