Após a publicação da nossa matéria "Montes Claros na rota do desenvolvimento: ANTT aprova concessão da BR-251 com investimentos de R$ 12,4 bilhões",  o povo do Norte de Minas reagiu com indignação à aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

A principal crítica? A baixa prioridade dada aos trechos que am por Montes Claros e região, mesmo sendo uma das partes mais perigosas da rodovia. Para piorar, o projeto prevê a duplicação de apenas 24,2 km, deixando centenas de quilômetros sem qualquer previsão de duplicação completa.

Além da duplicação limitada, o projeto apresentado pela ANTT inclui faixas adicionais, contornos e arelas — mas nada disso convenceu quem vive a realidade da estrada. A BR-251 é conhecida por acidentes fatais, pistas simples mal sinalizadas e trechos com alto fluxo de caminhões. Para quem usa a rodovia, as obras propostas são insuficientes e parecem mais uma justificativa para a cobrança de pedágio do que um verdadeiro plano de transformação.

O que o Ministério dos Transportes e a ANTT dizem?

Mesmo com a promessa de mais segurança, o sentimento de abandono só cresce. O Ministério dos Transportes alegou que o objetivo da concessão é “ampliar a segurança viária”, citando a alta taxa de acidentes na região.

“Os investimentos incluem duplicação de trechos críticos, acostamentos, sinalização, arelas e postos de pesagem”, explicou a pasta.

O diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, também defendeu o projeto:

“Com essa decisão, a ANTT reafirma sua missão de promover uma infraestrutura moderna, segura e eficiente. A concessão é um avanço estratégico para Minas e para o Brasil.”

Em nossa publicação, o povo não vê avanço. Vê descaso.

“Duplicar só 24 km não resolve nada. Queremos duplicação até a BR-116!”, disse a internauta Núbia. “Se não fizerem isso, o matadouro vai continuar. Só que agora com pedágio”, criticou Euprônio. “Vergonha. Isso é só pra encher bolso de político”, disparou Lina Patrícia. “Tem que duplicar 200 km no mínimo e fazer viadutos. Isso sim salva vidas”, afirmou o perfil Cruzeiro Moc.

O deputado Arlen Santiago também se manifestou, destacando o abandono histórico da região: “Sabem que vai ter pedágio e que a duplicação será só de 24 km. Assim o Norte de Minas é tratado há 20 anos. Alguém sabe de quantas estradas o governo federal fez aqui?”

O projeto ainda será analisado pelo Tribunal de Contas da União antes do edital. Mas o Portal do Povo segue ouvindo quem mais importa: a população, que exige respeito e duplicação de verdade para a BR-251 — e não só mais uma cobrança no caminho.